domingo, 20 de março de 2011

Treinamento sem traumas

Cada comando e cada aprendizado carregam consigo muitos significados que ficarão como lembranças no subconsciente. Do mesmo jeito que um professor pode nos fazer adorar ou odiar alguma matéria, o adestrador pode fazer o cão adorar ou odiar o comando. É claro que nosso objetivo é fazer com que o cão responda r nossos comandos o mais prazerosamente possível, e para isto devemos tomar uma série de cuidados desde a primeira lição.
Qualquer fator negativo durante o aprendizado contribuirá para uma resposta menos eficiente e para a má vontade do seu cão em efetuar o comando, já que subconscientemente ele vai relacionar o comando com os fatores do aprendizado.
Quando Dennis Fetko, na minha opinião um dos melhores e mais eficientes adestradores, veio para o Brasil no final de 1997, durante sua preleção pediu para a platéia um cachorro totalmente destreinado e o ensinou em menos de cinco minutos a andar junto com ele. A platéia ficou impressionada, pois o cão, além de andar junto, parava, corria e andava devagar, acompanhando perfeitamente o condutor. Dennis durante os cinco minutos que ficou com o cachorro não o corrigiu nenhuma vez, não gritou "junto" e nem deu tranco na coleira; para dizer a verdade, mal olhou para o cachorro. Dennis variava o comprimento da guia constantemente e andava como uma barata tonta. Em pouco tempo o cachorro percebeu que a única maneira de evitar os puxões da coleira (mais parecida com uma fita) era observar atentamente Dennis e caminhar exatamente na mesma velocidade.

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